sexta-feira, 6 de abril de 2012

A importância das energias curadoras




"Quando as coisas vão mal as pessoas costumam dizer: "Que azar! Você precisa se benzer!". Na verdade, há problemas que só se resolvem com uma boa benzedeira. Meu sogro, criado na fazenda, costumava contar que quando uma vaca com bicheira era atendida pelo benzedor, no dia seguinte os bichos todos caíam, mortos.
Quando comecei estudar os fenômenos da mediunidade, acreditava que o benzimento fosse fruto da crendice popular. Mas hoje penso que esses fatos precisariam ser mais estudados pela ciência.
Eu mesma, muitos anos atrás, fiquei acamada com erisipela. Por mais de um mês sob cuidados médicos, fiquei tomando antibióticos e meu tornozelo piorava a cada dia. Havia bolhas roxas que se transformavam em feridas com dores terríveis. Até que a mãe de um amigo meu foi visitar-me e disse com simplicidade: "Erisipela só sara com benzimento. Se você quiser, eu aprendi a benzer com a minha avó e podemos tentar." Durante nove dias seguidos, ela benzeu a minha perna, que foi melhorando a cada dia. Ao fim dos nove dias, eu já estava boa.
Não encontrei explicação lógica para esse fato, embora tenha estudado bastante sobre mediunidade. Lembrei-me de que quando criança, menina viçosa, cheia de vida, apanhava quebranto com muita facilidade. Tinha febre, abatimento, mal estar e minha mãe me levava na benzedeira. Ela pegava um prato fundo, colocava água e pingava óleo: se eles se misturassem, era quebranto mesmo. Benzia e eu saía de lá boa.
Que tipo de mediunidade é esse? Que tipo de capacidade essas pessoas têm que restabelece o equilíbrio, trocando as energias doentes pelas saudáveis? Nos centros espíritas, a troca de energias é chamada de "passe" e aplicada por médiuns doadores. Há pessoas que, por sua constituição natural, acumulam grande quantidade de energias curadoras. Geralmente são ativas, têm grande vitalidade, sentem muito calor. São propensas à pressão alta e a problemas circulatórios. Quando esclarecidas e preparadas, podem tornar-se excelentes médiuns doadores, equilibrando assim a própria saúde.
No passe, o médium cria um ambiente favorável de oração e harmonia, comanda e direciona as energias, ajudado pelos espíritos. Isso não ocorre no benzimento. Os benzedores dizem a oração decorada, bocejam ruidosamente durante o processo, gesticulando em forma de cruz. Não demoram mais do que alguns minutos. Por que será que funciona? Claro que se você está doente, o tratamento médico é indispensável. Um passe é sempre bom. Quanto ao benzimento, não custa nada experimentar."



(Texto de Zíbia Gasparetto, escritora espiritualista, publicado no jornal O Dia (Rio de Janeiro), em 20/11/2011)




1 comentários:

RJ Avalon disse...

Ficou bem bonito aqui, ro!
Ro mandadora bem!!
hehe
Acho que às vezes todos nós precisamos de uma benzida
hehe
bjosss

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